Principais Tipos de Layout Logístico: Qual Escolher

layout-logistico

Principais Tipos de Layout Logístico: Qual Escolher

A eficiência de uma operação logística começa pela forma como o espaço é utilizado. Mais do que organizar fisicamente prateleiras, docas e corredores, escolher o tipo certo de layout logístico é uma decisão estratégica que impacta diretamente custos, produtividade, segurança e capacidade de crescimento.

Compreender os diferentes modelos de layout e saber aplicar o mais adequado ao perfil da sua operação pode ser o diferencial entre um armazém que entrega resultados e um que acumula gargalos e prejuízos.

Neste artigo, você vai conhecer os principais tipos de layout logístico utilizados no Brasil, suas características, vantagens, limitações e critérios técnicos para definir o mais eficiente para o seu negócio. Também mostramos como a Bona atua nesse processo, agregando tecnologia e expertise em gestão de espaços operacionais.

layout-logistico

Por Que a Escolha do Layout Impacta Seus Resultados?

O layout define o fluxo de materiais, a interação entre setores e o grau de aproveitamento do espaço. Um layout bem escolhido proporciona:

  • Redução do tempo de movimentação;
  • Aumento da produtividade por operador;
  • Melhoria nos tempos de picking e expedição;
  • Redução de erros operacionais;
  • Melhoria na segurança do trabalho;
  • Facilidade de escalonamento.

Já um layout mal dimensionado, incompatível com o tipo de produto ou com o perfil da operação, gera perdas financeiras, riscos de acidentes, retrabalho e desperdícios. Por isso, a decisão não deve ser tomada com base apenas em espaço físico disponível, mas sim em critérios técnicos, operacionais e estratégicos.

Os 5 Tipos de Layout Logístico Mais Usados no Brasil

1. Layout em Linha Reta (Flow-Through)

O modelo linear é baseado em um fluxo contínuo e unidirecional, no qual a mercadoria entra por um lado do armazém e sai pelo lado oposto, passando por todas as etapas de recebimento, armazenagem, separação e expedição de forma sequencial.

Indicado para:

  • Operações com alto volume e baixa complexidade;
  • Ambientes com amplo espaço horizontal.

Vantagens:

  • Visão clara do processo;
  • Baixo índice de cruzamentos;
  • Ideal para fluxo contínuo e estável.

Desvantagens:

  • Requer mais área física;
  • Pouca flexibilidade para alterações.

2. Layout em U (U-Shaped)

Neste modelo, entrada e saída ocorrem no mesmo lado do armazém, formando um “U” operacional. A área central é dedicada ao estoque e separação, com zonas de apoio nas laterais.

Indicado para:

  • Operações com espaço limitado;
  • Necessidade de controle de entrada e saída no mesmo ponto.

Vantagens:

  • Aproveitamento eficiente do espaço;
  • Centralização de controle;
  • Compartilhamento de recursos entre áreas.

Desvantagens:

  • Potencial para cruzamento de fluxos;
  • Requer boa sinalização e separação de rotas.

3. Layout por Zonas (Activity-Based)

A operação é segmentada em zonas específicas de acordo com as atividades realizadas: armazenagem, picking, embalagem, devolução, etc. Cada zona pode adotar um sublayout próprio conforme sua função.

Indicado para:

  • Armazéns com múltiplas atividades simultâneas;
  • Operações complexas ou multicliente.

Vantagens:

  • Maior controle de processos;
  • Redução de conflitos operacionais;
  • Flexibilidade para modificar zonas independentemente.

Desvantagens:

  • Exige gestão integrada entre zonas;
  • Necessita de bom WMS para controle eficiente.

4. Layout por Produto (Fixed-Position)

Neste modelo, os produtos permanecem fixos e os recursos (pessoas, máquinas e ferramentas) se deslocam até eles. É comum em operações de grande porte ou produção sob encomenda, como logística de equipamentos industriais ou cargas superdimensionadas.

Indicado para:

  • Itens de grande porte ou montagem no local;
  • Armazéns industriais ou construção pesada.

Vantagens:

  • Evita movimentação de cargas pesadas;
  • Ideal para montagem personalizada.

Desvantagens:

  • Baixo aproveitamento de espaço;
  • Alto custo de deslocamento de recursos.

5. Layout Dinâmico (Cross-Docking)

O modelo de cross-docking elimina ou reduz ao mínimo a armazenagem. Os produtos são recebidos, classificados e despachados diretamente para o destino, muitas vezes no mesmo dia.

Indicado para:

  • Operações com alta rotatividade e agilidade;
  • E-commerce, perecíveis e distribuição regional.

Vantagens:

  • Redução de custos com estoque;
  • Rapidez na entrega;
  • Maior giro de mercadorias.

Desvantagens:

  • Alta complexidade de coordenação;
  • Exige tecnologia e planejamento avançado.

Como Escolher o Layout Ideal? 3 Fatores Decisivos

1. Perfil do Produto

Tamanho, peso, fragilidade, rotatividade e exigências de armazenagem (refrigeração, verticalização) influenciam diretamente o tipo de layout mais eficiente.

2. Volume e Frequência de Movimentação

Operações com alta densidade de picking e separações frequentes pedem layouts otimizados para fluxo e velocidade. Já operações com itens de baixa rotatividade podem priorizar o armazenamento compacto.

3. Grau de Automação e Tecnologia

Layouts mais simples (linha reta, U) podem ser eficientes sem automação. Já operações baseadas em WMS, RFID, esteiras e robôs requerem layouts adaptados à lógica dos sistemas digitais.

Tecnologia Aplicada a Layouts: O Diferencial da Bona

Na Bona Terceirização, o layout logístico não é um desenho estático — é um projeto dinâmico que evolui com a operação. A tecnologia faz parte do nosso modelo de entrega, e utilizamos:

  • RFID para localização em tempo real;
  • Sistemas WMS e TMS integrados para controle de fluxo;
  • Simulações digitais para prever gargalos;
  • Dashboards operacionais para tomada de decisão;
  • Engenharia de processos aplicada à organização do espaço.

Além disso, atuamos de forma consultiva, avaliando o layout do cliente antes da implantação da mão de obra terceirizada e propondo melhorias quando necessário.

Erros Comuns na Escolha do Layout (e Como Evitá-los)

❌ Escolher com base apenas no espaço disponível

➡️ Certo: considerar fluxo, tipo de produto e estrutura de armazenagem.

❌ Copiar modelos de outras empresas

➡️ Certo: adaptar às características específicas da sua operação.

❌ Ignorar a necessidade de expansão futura

➡️ Certo: prever modularidade e pontos de crescimento no layout.

❌ Negligenciar segurança e ergonomia

➡️ Certo: desenhar com base em normas de segurança e conforto operacional.

❌ Não envolver os operadores no planejamento

➡️ Certo: incluir feedback dos trabalhadores para projetar fluxos mais realistas e funcionais.

Conclusão

Escolher o layout logístico certo é uma das decisões mais importantes para garantir o desempenho, a escalabilidade e a segurança de qualquer operação. Não se trata apenas de ocupar um espaço, mas de desenhar um sistema logístico inteligente, capaz de acompanhar o ritmo do negócio e suportar seus objetivos de crescimento.

Deixe um comentário